Papa inicia visita histórica à Mongólia, propagando mensagem de ‘unidade e paz’ em direção à China.

O papa Francisco embarcou em sua primeira visita oficial à Mongólia nesta sexta-feira (1) e aproveitou a ocasião para enviar uma mensagem de “unidade e paz” à China, país vizinho e objeto de sua busca constante por melhorias nas relações diplomáticas.

O líder da Igreja Católica tem demonstrado interesse em estabelecer um diálogo mais próximo com as autoridades chinesas, que historicamente têm resistido à influência do Vaticano e mantêm um controle rigoroso sobre a comunidade católica no país.

Durante seu pronunciamento na capital mongol, Ulan Bator, o Papa expressou seu desejo de que a China e a Santa Sé possam encontrar “soluções concretas” para superar as divergências e promover um ambiente de entendimento mútuo.

A visita do Sumo Pontífice à Mongólia é vista por muitos como um gesto de boa vontade em direção ao governo chinês, uma vez que o país é um importante aliado e influenciador na região.

As relações entre o Vaticano e a China foram tensas por décadas, principalmente devido a diferenças de opinião em questões de governança e política religiosa. No entanto, desde a eleição do papa Francisco em 2013, há uma tentativa de aproximação mútua e um diálogo mais aberto.

Em 2018, o Vaticano e o governo chinês assinaram um acordo histórico sobre a nomeação de bispos, que foi visto como um passo significativo em direção à reconciliação.

A visita do Papa à Mongólia é considerada estratégica no sentido de fortalecer laços não apenas com o país anfitrião, mas também com a China. Especialistas acreditam que uma relação mais cordial entre o Vaticano e Pequim poderia ajudar a promover a liberdade religiosa na China e criar uma relação mais harmoniosa entre as duas partes.

Durante a visita, o Papa Francisco também se reunirá com líderes religiosos mongóis e participará de celebrações litúrgicas com a comunidade católica local. Essa interação visa fortificar os laços da Igreja Católica com os fiéis da região, especialmente considerando o recente crescimento do número de católicos na Mongólia.

Apesar de suas dimensões modestas, a comunidade católica mongol tem experimentado um aumento significativo nas últimas décadas, principalmente devido ao influxo de missionários estrangeiros e ao estabelecimento de escolas e instituições religiosas.

Com essa visita histórica, o Papa Francisco busca reafirmar sua mensagem de “unidade e paz” não apenas para a Mongólia, mas também para a China. Neste momento crucial na história das relações entre a Santa Sé e Pequim, a visita representa uma oportunidade para um diálogo construtivo e para promover uma maior tolerância religiosa na região. Esperamos que esse encontro possa pavimentar o caminho para uma relação mais harmoniosa entre o Vaticano e a China, beneficiando não apenas os fiéis católicos, mas também a paz mundial.

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