Parlamentar recebe quatro doses de vacina contra a Covid em investigação concluída pela PF, incluindo Janssen e Pfizer, gerando polêmica.


O deputado Gutemberg, que recebeu quatro doses de vacina contra a Covid-19, está no centro de uma polêmica. Segundo sua defesa, as duas primeiras doses foram da Janssen e as outras duas de reforço foram da Pfizer, todas aplicadas na Unidade Pré-Hospitalar Xerém, em Duque de Caxias (RJ). No entanto, um dos registros em seu cartão de vacinação apresentou uma data equivocada, que seria fevereiro de 2021, mas naquela época ainda não havia imunizantes disponíveis para a sua faixa etária.

Os primeiros lotes da vacina da Janssen só chegaram ao Brasil em junho de 2021, o que levanta questionamentos sobre a veracidade das doses recebidas por Gutemberg. A defesa do parlamentar ressalta que ele divulgou em suas redes sociais o momento em que se vacinou e que foi um defensor da campanha de vacinação durante o governo de Jair Bolsonaro.

Investigação em andamento

Na última terça-feira (19), a Polícia Federal apresentou o relatório final de sua investigação sobre fraudes em certificados de vacina e indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outras 15 pessoas por crimes como inserção de dados falsos e associação criminosa.

O caso agora está nas mãos do ministro do STF Alexandre de Moraes, que encaminhou o relatório ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. Este irá avaliar se há provas suficientes para apresentar denúncia contra os indiciados e poderá solicitar novas diligências para esclarecer detalhes ou arquivar o processo.


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