Parlamentares lutam por controle de investigação do caso envolvendo a empresa 123milhas. Polêmica promete agitar os corredores da Câmara.

O caso da empresa 123milhas gerou um debate na Câmara sobre como a investigação será conduzida pelos deputados. A questão é se será através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) própria ou se dentro do escopo da CPI das Pirâmides Financeiras, criada para apurar as fraudes na gestão de criptomoedas.

No dia 23 de outubro, o presidente da CPI das Pirâmides, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), apresentou um requerimento para convocar os sócios administradores da 123milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira. Isso ocorreu poucos dias após a empresa anunciar a suspensão de pacotes e emissão de passagens da linha “promo”.

O depoimento dos sócios estava marcado para o dia 29 de outubro, mas ainda é incerto se eles irão comparecer, pois recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não comparecer. Até o momento, não houve uma decisão sobre o assunto.

Aureo Ribeiro argumenta que o escopo da CPI das Pirâmides são os ativos digitais, como é o caso das milhas. Segundo ele, o Brasil é um dos poucos países em que é possível comprar e vender milhas, o que as torna um ativo digital. Portanto, não seria necessário montar outra investigação, já que a CPI das Pirâmides está em curso e irá tratar desse tema específico.

Já o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) acredita que o caso da 123milhas necessita de uma CPI própria, que incluiria também os casos do Hurb e Booking. Ele já conseguiu 129 assinaturas, sendo o mínimo necessário 171, para protocolar o pedido de criação dessa CPI. Para ele, o caso da 123milhas não se enquadra no foco da CPI das pirâmides financeiras, pois trata-se de uma questão de direito do consumidor. O objetivo é garantir que a empresa seja responsabilizada pelos danos causados aos consumidores e que seja feita a devolução do valor pago por eles.

O Hurb foi alvo de reclamações sobre falta de pagamento para hotéis e pousadas, o que resultou no cancelamento de reservas e prejuízo para milhares de pessoas. Já a plataforma de compra de passagens e pacotes turísticos Booking teria atrasado em dois meses o repasse de reservas feitas por hóspedes.

É importante destacar que as investigações estão em curso e ainda há muitos desdobramentos a serem acompanhados. O objetivo é garantir que os direitos dos consumidores sejam preservados e que as empresas envolvidas sejam responsabilizadas por eventuais irregularidades.

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