Partido ultradireitista Chega rompe a alternância de poder em Portugal e se torna terceira maior força do Congresso em eleições de 2022.





Ascensão da ultradireita em Portugal

Ascensão da ultradireita em Portugal

Após décadas mantendo-se à margem do movimento de ascensão da ultradireita, Portugal viu uma mudança significativa nas eleições mais recentes, onde partidos de direita somaram 60% dos assentos parlamentares, com destaque para o partido ultradireitista Chega.

O Chega, criado em 2019 por André Ventura, uma figura conhecida por seu trabalho como comentarista esportivo, ganhou projeção ao romper a alternância de poder entre a esquerda e a direita moderadas no país. O partido cresceu rapidamente, passando de um único deputado em 2019 para 50 deputados em 2022, representando 21,7% do Parlamento.

Principais posições do Chega:

  • Liberalismo econômico: Defende o Estado mínimo e reformas tributárias;
  • Segurança pública: Propõe políticas de linha-dura, como reintrodução da pena de prisão perpétua;
  • Nacionalismo e valores tradicionais: Combate o ensino de “ideologia de gênero” e exalta a memória portuguesa;
  • Imigração: Contra a imigração ilegal, mas promete promover laços entre comunidades lusófonas.

Apesar de seu crescimento, o Chega encontra resistência para integrar o governo em Portugal. A coligação de direita tradicional, AD, liderou a votação, mas o líder da AD já afirmou que não pretende incluir a ultradireita no governo.

O partido também acaba atraindo apoio de brasileiros em Portugal, com o deputado Marcus Santos sendo um exemplo. O Chega mantém relações com a comunidade antipetista e recebeu apoio do presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

Em comparação com outras movimentos da ultradireita, o Chega se destaca por não ser contra a União Europeia e por não se identificar com demonstrações neonazistas.

As eleições em Portugal refletem um cenário de mudança política e de ascensão de partidos de ultradireita, trazendo novos desafios e questionamentos sobre os rumos do país.


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