Pastor da Universal afirma ter sido coagido a fazer vasectomia para manter emprego. Igreja nega as acusações.




Polêmica na Universal: Pastor declara à Justiça que a igreja considera obrigatória a vasectomia para funcionários homens

Um caso polêmico envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus veio à tona esta semana, após um pastor declarar à Justiça que a instituição considera como um ato grave o casamento de funcionários homens sem que estes realizem a vasectomia. Segundo o religioso, ele foi coagido a realizar o procedimento e “não teve outra opção”, afirmou à Justiça a advogada Themis Leão Pagani, que o representa.

A advogada afirmou à Justiça que “não há no mundo qualquer justificativa plausível para que a reclamada [Universal] possa obrigar os seus funcionários a realizarem procedimento tão pessoal”. Segundo ela, a igreja é uma ótima oportunidade de emprego para muitos jovens, que aceitam a imposição da vasectomia para continuar trabalhando e ganhar promoções.

Porém, a Universal nega as acusações, afirmando à Justiça que não há provas de que o pastor realizou a cirurgia e que as afirmações feitas por ele são inverídicas.

As advogadas Simone Evangelista e Simone Galhardo, que representaram a Igreja no processo em primeira instância, declararam que “em nenhum momento, a Universal impõe qualquer tipo de condição para que seus ministros religiosos realizem cirurgia de vasectomia”. Além disso, questionaram a veracidade das acusações, citando o líder espiritual da igreja, Edir Macedo, que possui três filhos, o que iria contra a suposta proibição de ter filhos imposta aos pastores.

“Tal afirmação é totalmente inverídica, o que pode ser facilmente comprovável ao analisar a situação familiar de vários pastores desta instituição, que possuem filhos”, declararam as advogadas à Justiça.


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