Paula Abdul processa produtor de American Idol por assédio sexual e discriminação de gênero em reality shows.




Acusações de assédio sexual contra Nigel Lythgoe

Acusações de assédio sexual contra Nigel Lythgoe

A renomada cantora e dançarina Paula Abdul abriu um processo nesta sexta-feira, 29, alegando ter sido assediada sexualmente duas vezes pelo produtor executivo de reality shows, Nigel Lythgoe. Lythgoe é conhecido por seu trabalho em programas como American Idol e So You Think You Can Dance.

De acordo com Abdul, a primeira agressão ocorreu durante as primeiras temporadas do American Idol, em que Lythgoe a teria agredido em um elevador, apalpando seus seios, genitais e enfiando a língua em sua garganta. A artista afirmou que tentou afastá-lo e, ao se livrar dele, correu para o seu quarto assim que a porta do elevador se abriu.

Anos mais tarde, quando já atuava como jurada no So You Think You Can Dance, Abdul afirmou que foi convidada para jantar na casa de Lythgoe, onde foi assediada novamente, com o produtor tentando beijá-la e sugerindo que poderiam formar um casal. A artista se afastou e saiu do local imediatamente.

Além das agressões sofridas, Abdul também alegou ter sido discriminada, recebendo menos do que seus colegas masculinos no American Idol, e ter presenciado Lythgoe assediando uma de suas assistentes em 2015.

O processo cita o motivo pelo qual Abdul permaneceu em silêncio por tanto tempo, alegando que tinha medo de represálias e de ser boicotada pela indústria televisiva, que tinha o costume de proteger homens poderosos e silenciar vítimas de assédio.

Abdul completou o documento baseada na Lei de Responsabilização por Abuso Sexual e Encobrimento da Califórnia, que estabelece uma janela de um ano para entrar com ações judiciais por abuso sexual que, de alguma forma, estariam fora do prazo de prescrição.

O processo também menciona a falta de ação por parte das empresas envolvidas, que não tomaram medidas contra Lythgoe e nem o responsabilizaram por seus atos.

Durante sua participação nos programas, Abdul assinou contratos de confidencialidade, que a impediam de divulgar informações sensíveis ou prejudiciais.

As acusações de Abdul lançam luz sobre a questão do assédio sexual na indústria do entretenimento, reforçando a importância do enfrentamento e responsabilização diante de tais condutas.


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