Peru nega desrespeito à Corte Interamericana de Direitos Humanos
Na manhã desta sexta-feira (22), o Peru emitiu uma declaração oficial negando que tenha desrespeitado a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ao libertar o ex-presidente Alberto Fujimori, que governou o país entre 1990 e 2000. O tribunal havia pedido que o Peru se abstivesse de libertar Fujimori, mas o governo peruano alegou razões humanitárias para sua decisão.
O Ministério das Relações Exteriores do Peru afirmou que “não houve nenhum desrespeito por parte do Estado” em relação à decisão da CIDH. O ex-presidente peruano, atualmente com 85 anos, foi libertado devido a problemas de saúde, o que gerou controvérsias e desentendimentos com a Corte Interamericana.
Além disso, o governo peruano se comprometeu a enviar um relatório à CIDH dentro do prazo exigido pelo tribunal. O relatório conterá a argumentação completa da posição do Estado peruano em relação à libertação de Fujimori. O prazo estabelecido pela CIDH para a entrega do relatório é 4 de março de 2024.
Esta situação tem gerado debate e polêmica no Peru, com opiniões divergentes sobre a decisão do governo em libertar o ex-presidente Fujimori. Enquanto alguns setores acreditam que a libertação foi justificada devido ao estado de saúde do ex-presidente, outros argumentam que a decisão vai contra as diretrizes da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
A questão continuará sendo acompanhada de perto por diferentes entidades e pela população peruana, aguardando o desenrolar dos próximos acontecimentos e a posição final da CIDH diante do relatório que será apresentado pelo governo peruano.
