PF investiga envolvimento de aliados de Bolsonaro na Abin em esquema de espionagem ilegal com uso do software First Mile.

O Brasil foi abalado por revelações sobre uma possível organização criminosa que operava a partir do Palácio do Planalto durante o governo anterior. Segundo declarações do deputado federal Alexandre Padilha, o clima de ódio e divisão semeado ao longo dos quatro anos do governo anterior acabou envolvendo e contaminando diversas instituições do país. A afirmação foi feita em meio às operações de investigação da Polícia Federal (PF) sobre a utilização indevida de ferramentas de espionagem por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com as investigações da PF, aliados do ex-presidente na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) são suspeitos de terem utilizado o software First Mile para o monitoramento de geolocalização de celulares em tempo real, com supostos incentivos e encobrimento por parte do então diretor da agência, Alexandre Ramagem. A PF acredita que a operação criminosa não se restringe à Abin e que envolve diversos órgãos, civis e militares.

Padilha também destacou que a apuração envolve todas as instituições desde o ano passado, de forma autônoma pela PF a partir das orientações do judiciário, reforçando o compromisso de levar os envolvidos à justiça. Durante a operação, a PF encontrou três notebooks e 10 celulares na casa de Giancarlo Gomes Rodrigues, ex-assessor da Abin, em Salvador. A agência afirmou ter aberto uma investigação imediatamente após a apreensão, sem especificar a quais aparelhos se referia ou com quem eles estavam.

A revelação dessas informações causou grande comoção no país, já que coloca em xeque a integridade das instituições e a legalidade das ações tomadas por altos funcionários do governo anterior. O caso ainda deve render muitas discussões e debates nos próximos dias, à medida que novas informações sobre as investigações forem sendo divulgadas pela PF e demais autoridades responsáveis. A população espera que a justiça seja feita e que todos os envolvidos sejam devidamente responsabilizados pelos seus atos. E, claro, esses acontecimentos devem repercutir fortemente na política nacional, impactando o atual governo e as decisões tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

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