Polêmica na França: presidente acolhe festival religioso judaico no Eliseu e gera controvérsias




Artigo de Jornal

O presidente do Conselho Representativo de Instituições Judaicas na França (Crif), Yonathan Arfi, expressou surpresa e desapontamento diante da decisão do presidente Emmanuel Macron de celebrar o festival religioso judaico Hanukkah no Palácio do Eliseu. Segundo Arfi, tradicionalmente não é responsabilidade de uma autoridade pública acolher um festival religioso, e ele considerou a ação um erro em declarações à estação francesa Sud Radio.

Além disso, os diferentes partidos da oposição, desde a esquerda radical até a extrema direita, também criticaram a ação. O deputado nacionalista Pierre Henriet destacou que a celebração rompe com a neutralidade do Estado.

A decisão de Macron ocorre em um momento de aumento dos atos antissemitas na França, onde vive a maior comunidade judaica da Europa, em meio ao conflito entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas. Isso gerou controvérsias sobre o propósito da celebração, especialmente considerando que o presidente havia rejeitado participar de uma grande manifestação contra o antissemitismo em novembro, ressaltando seu papel como defensor da unidade do país.

A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, defendeu a celebração do Hanukkah no Eliseu como um sinal de apoio à comunidade judaica diante do crescimento do antissemitismo. No entanto, a oposição questionou a justificativa, levantando dúvidas sobre a coerência das ações de Macron em relação à sua atuação durante eventos religiosos, como quando assistiu à missa do papa Francisco em setembro.


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