Polícia Federal investiga desvio de emendas da Codevasf envolvendo irmã de ex-ministro do governo Lula.





Polícia Federal cumpre mandados de busca em investigação envolvendo ministro do governo Lula

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em investigação que envolve o ministro da Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União-MA)

Na manhã desta sexta-feira (1), a Polícia Federal deu início à operação que cumpre mandados de busca e apreensão como parte de uma investigação voltada ao ministro da Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União-MA).

Um dos alvos desses mandados é Luanna Resende, irmã de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire, município localizado no estado do Maranhão. Além disso, Luanna também foi afastada de seu cargo por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso.

A Polícia Federal inicialmente solicitou mandados de busca contra Juscelino, no entanto, essa solicitação foi negada por Barroso.

A investigação está voltada para as obras realizadas pela construtora Construservice sob contrato da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), financiadas com recursos provenientes de emendas parlamentares, sendo algumas dessas emendas indicadas pelo próprio Juscelino Filho.

De acordo com informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, pelo menos R$ 42 milhões, provenientes das emendas parlamentares indicadas por Juscelino Filho, foram utilizados em contratos com empreiteiras que estão no centro de suspeitas de irregularidades nas obras da estatal federal Codevasf.

Dentre esses valores, R$ 19,3 milhões foram destinados para obras em vários municípios do Maranhão e foram direcionados a contratos com a Construservice. Essa construtora é a segunda colocada em licitações da Codevasf e utilizou laranjas para participar de concorrências públicas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Construservice, cuja sede se encontra em Codó, a cerca de 300 km de São Luís, já recebeu aproximadamente R$ 140 milhões do governo federal desde 2019. É importante ressaltar que todos os contratos da empresa com a administração federal foram firmados após o ano de 2019, ou seja, durante o governo Bolsonaro.

As duas pessoas oficialmente registradas como proprietárias da empresa são as mesmas que, em 2015, foram interrogadas em uma investigação policial e admitiram terem sido chamadas para constarem formalmente como sócias da construtora, apesar de não possuírem qualquer vínculo pessoal ou empresarial entre elas.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo