Polícia Federal levanta suspeitas sobre envolvimento de Carlos Bolsonaro na investigação sobre Abin clandestina.

A Polêmica Envolvendo a Abin Paralela e a Família Bolsonaro

Ao encostar a investigação sobre a Abin paralela em Carlos Bolsonaro, a Polícia Federal deixou o pai do vereador numa posição muito parecida com a do sujeito que despenca do alto de um edifício de dez pavimentos e, na passagem do sétimo para o sexto andar, exclama aliviado: “Até aqui, tudo bem!”. Os investigadores rodam um filme de suspense ruim, do tipo em que a plateia antevê o final já nos primeiros lances do script.

Em outubro do ano passado, foram à grelha servidores da Abin suspeitos de monitorar ilegalmente desafetos de Bolsonaro. Na semana passada, vasculharam-se endereços do deputado Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin na gestão Bolsonaro. Na investida contra Ramagem, recolheram-se evidências de que um dos destinatários da usina de arapongagem era Carlos, gerente da rede que fornece rações regulares de ódio aos devotos de Bolsonaro nas plataformas digitais.

Além de monitorar adversários, a Abin clandestina percorria os subterrâneos à procura de pedras que surgiriam no caminho da então família real. Numa troca de mensagens anexada ao processo que corre no Supremo Tribunal Federal, uma assessora de Carlos requisita a uma auxiliar de Ramagem informações sobre inquérito da PF “envolvendo PR e 3 filhos”. PR é a sigla de presidente da República. Os filhos são Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro.

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