Polícia investiga possível sequestro de investigador em Paraisópolis.

A Polícia Civil de São Paulo está investigando o desaparecimento de um investigador de 41 anos, que trabalhava no 28° DP (Freguesia do Ó), zona norte da cidade. Ele não fez contato com a família desde a noite de domingo (13).

O carro utilizado pelo policial, um Fiat Argo, foi encontrado na manhã de segunda-feira (14) na rua Chambourcy, em Perus, também na zona norte. De acordo com informações obtidas pela reportagem da Folha, a investigação sugere que o investigador possa estar em posse de criminosos na favela de Paraisópolis.

O caso está sendo acompanhado pelo próprio 28º DP, com o auxílio do departamento de inteligência da instituição. No entanto, na tarde desta quinta-feira (17), o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) passou a se envolver nas apurações.

O registro de desaparecimento foi feito pelo pai do policial, que informou aos investigadores que o filho sofre de transtorno bipolar e não estava bem nos últimos dias.

Vale ressaltar que o investigador estava de férias quando desapareceu. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas não obteve resposta até o momento.

Morte de PM

Essa situação remete ao caso da policial militar Juliane dos Santos Duarte, que desapareceu na madrugada do dia 2 de agosto de 2018 após sair de um bar em Paraisópolis. Seu corpo foi encontrado quatro dias depois dentro de um carro estacionado próximo à ponte do Socorro, na zona sul da cidade, a cerca de 8,5 km de onde foi vista pela última vez.

Os exames periciais indicaram que a soldado tinha falecido entre 24 e 48 horas antes do achado do corpo. Testemunhas afirmaram que ela foi levada pelos criminosos ainda com vida na madrugada de quinta-feira, após sair do bar na favela. Juliane teria permanecido sob o domínio dos criminosos até que seu destino fosse decidido em um “tribunal do crime”.

Quando desapareceu, a policial foi capturada por um grupo de homens encapuzados e armados, após ter seu celular roubado e se identificar como policial. Na ocasião, ela estava iniciando suas férias. Após o desaparecimento, policiais civis e militares realizaram buscas na região da comunidade com o apoio de carros e helicópteros.

A moto que Juliane utilizava no dia do desaparecimento foi encontrada em Alto de Pinheiros, na zona oeste, de acordo com informações do então corregedor da PM, coronel Marcelino Fernandes. A policial militar tinha apenas dois anos de serviço na corporação.

É importante monitorar o desenrolar das investigações sobre o desaparecimento do investigador de São Paulo, levando em consideração os paralelos com o caso anterior de Juliane dos Santos Duarte. As autoridades precisam agir rapidamente para garantir a segurança do policial desaparecido e esclarecer os fatos.

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