Manifesto do Strike Germany conta com apoio de intelectuais e artistas renomados
Postura controversa do governo alemão em relação a Israel
O manifesto do Strike Germany tem ganhado apoio de renomados intelectuais e artistas, incluindo vencedores do Prêmio Turner como Lawrence Abu Hamdan, Charlotte Prodger e Tai Shani, a atriz India Moore e a acadêmica Christina Sharpe. Este movimento tem ganhado destaque devido à postura controversa do governo alemão em relação a Israel durante o recente conflito no Oriente Médio.
O governo alemão tem sido um dos aliados mais importantes de Israel desde a escalada do conflito, e suas ações têm gerado polêmica no cenário cultural do país. No entanto, a acusação de genocídio contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) foi veementemente rejeitada por Berlim, que a considerou uma “instrumentalização política” da convenção da ONU sobre genocídio.
Figuras importantes do governo, como o Chanceler Olaf Scholz e o Vice-Chanceler Robert Habeck, têm reiterado que a segurança de Israel é uma prioridade para a Alemanha. Scholz chegou a afirmar que Israel é “guiado por princípios humanitários” e que as Forças de Defesa de Israel (IDF) respeitam o direito internacional. Este posicionamento tem gerado críticas e controvérsias, especialmente no contexto da guerra em Gaza.
A Ministra dos Negócios Estrangeiros Annalena Baerbock também enfrentou críticas por parte da população alemã devido à abstenção da Alemanha numa votação sobre o cessar-fogo proposto pela ONU. A justificativa dada foi a “falta de equilíbrio” na resolução. No entanto, muitos consideraram a abstenção como uma posição fraca diante do fim da guerra.
Diante deste cenário, o manifesto Strike Germany ganha força e apoio, colocando em evidência as divergências e tensões em relação à postura do governo alemão em relação a Israel. Este movimento tem gerado debates e levado à reflexão sobre as relações internacionais e os posicionamentos políticos e diplomáticos adotados em momentos de conflito e tensão.
