Prefeito aliado de Rafael Correa relata suposta tentativa de homicídio em território equatoriano.

O prefeito da cidade equatoriana de La Libertad, Francisco Tamariz, relatou ter sido alvo de um atentado a tiros, em mais uma tentativa de homicídio durante o período eleitoral do país. As eleições presidenciais no Equador estão marcadas para este domingo (20).

Francisco Tamariz publicou em uma plataforma semelhante ao Twitter: “Tentaram ME MATAR”. Segundo o político, mais de oito testemunhas presenciaram o ataque, que ocorreu por volta da meia-noite de sexta-feira (18). Ele afirmou que saiu ileso do incidente, juntamente com sua esposa e outros dois parentes, que estavam em um veículo blindado. O carro teria sido alvejado por cerca de 30 disparos.

Posteriormente, em uma publicação no Facebook, o prefeito explicou que, ao retornar do porto de Guayaquil, no sudoeste do país, sua caminhonete blindada foi atacada por duas pessoas à paisana, que saíram de um veículo policial. Ele relatou em um vídeo ao lado de sua esposa que começaram a disparar contra eles segundos depois deles chegarem no veículo. Ambos estavam vestindo coletes à prova de balas.

Até o momento da redação deste texto, a polícia e o governo equatoriano não se pronunciaram sobre o ocorrido.

Tamariz é aliado do ex-presidente equatoriano Rafael Correa, que atualmente está no México devido a processos judiciais que enfrenta em seu país natal.

No início deste mês, o candidato presidencial Fernando Villavicencio, crítico de Correa, foi assassinado a tiros, após sair de um comício em Quito, capital do Equador. Horas depois, um grupo de homens encapuzados e armados, que se autodenominam como parte da facção criminosa Los Lobos, reivindicou o homicídio.

Menos de uma semana depois, um membro do partido do ex-presidente foi morto a tiros próximo à fronteira com a Colômbia.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Correa afirmou que o assassinato de Villavicencio foi uma conspiração para prejudicar a vitória de sua aliada na disputa presidencial, Luisa González, que é favorita nas pesquisas. Ele até cogitou o envolvimento da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, no assassinato.

Na quinta-feira (17), durante o encerramento de sua campanha, o candidato presidencial de direita, Daniel Noboa, denunciou um ataque a tiros contra sua caravana, no qual ele saiu ileso. No entanto, as autoridades contradizem sua versão.

O Equador enfrenta uma onda de violência relacionada ao narcotráfico nos últimos anos, com massacres em presídios que resultaram na morte de mais de 430 detentos desde 2021. Além disso, a taxa de homicídios nas ruas chegou a um recorde de 26 por 100 mil habitantes em 2022, quase o dobro do ano anterior.

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