Presidente argentino Javier Milei corta 5.000 contratos temporários e anuncia revisão de mais de 45 mil cargos na administração pública







Presidente argentino não renovará contratos de mais de 5 mil funcionários federais

Presidente argentino não renovará contratos de mais de 5 mil funcionários federais

Na terça-feira, 26 de outubro, o presidente Javier Milei anunciou que não irá renovar os contratos temporários de mais de 5.000 funcionários federais na Argentina. Esses contratos, assinados por seu antecessor Alberto Fernández no último ano, estão programados para acabar neste mês.

O porta-voz do governo, Manuel Adorni, informou que o restante dos contratos entrará em um processo de revisão que durará 90 dias. Segundo o jornal Clarín, havia mais de 45 mil contratados há mais de 12 meses na administração pública nacional.

O presidente Milei formalizou a não renovação por meio de decreto, estabelecendo algumas exceções, como os trabalhadores que se enquadram na cota de pessoas trans e com deficiência, de acordo com a lei argentina, e aqueles que foram integrados aos quadros permanentes ao longo deste ano.

Além disso, em sua primeira semana de governo, Milei havia anunciado um corte de 18 para 9 ministérios e de 106 para 54 secretarias, com o objetivo de reduzir 50% dos cargos hierárquicos e 34% dos cargos federais no total. Ainda não está claro se os contratos não renovados entram nessa conta.

O presidente também suspendeu a propaganda oficial em meios de comunicação por um ano, alegando que representou gastos de 34 bilhões de pesos em 2023 (cerca de R$ 180 milhões na cotação paralela que rege os preços no país) e determinou o fim do home office para o funcionalismo.

Milei busca acabar com a prática dos funcionários “nhoque” na Argentina, que não trabalham e só aparecem no fim do mês para cobrar o salário. A expressão vem da tradição de comer nhoque para trazer prosperidade no dia 29 de cada mês, coincidindo com o dia de pagamento da administração pública.


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