Presidente Biden e Xi Jinping se encontram para tentar restaurar cooperação militar e estabelecer diálogo, em meio a vários desafios.




Reunião Biden-Xi

Olho no Olho

O presidente Biden sempre repete que não há nada melhor do que o olho no olho, e estar cara a cara para resolver questões pendentes. E aposta nisso para tentar reverter meses de tensões e restaurar a cooperação militar que foi cortada há quase um ano.

Biden, nesta terça (14/11), disse que seu objetivo ao se reunir com Xi é normalizar os canais de comunicação entre as duas potências e tentar voltar a uma certa normalidade, que segundo ele, inclui “poder pegar o telefone e conversar um com o outro, caso haja uma crise, e poder garantir que nossos militares ainda mantenham contato uns com os outros”.

Ele ainda acrescentou: “Não estamos tentando nos desconectar da China. O que estamos tentando fazer é mudar o relacionamento para melhor.”

O governo norte-americano tem trabalhado para restaurar as comunicações militares, e esse é um dos assuntos principais deste encontro. A maior preocupação em retomar essa comunicação direta é evitar erros de cálculo ou falhas de comunicação que levem a conflitos, inclusive nas águas tensas ao redor de Taiwan.

Mais desafios

São vários os desafios, um dos principais é a questão de Taiwan, que deve realizar eleições no ano que vem. O país reivindica soberania e talvez Xi peça garantias dos EUA para que os norte-americanos não apoiem a independência. As duas guerras também estarão em pauta e talvez a China possa ter um papel estratégico nas conversas com a Rússia – no caso do conflito contra a Ucrânia – e com o Irã, em relação à guerra Israel-Hamas.

Outro assunto de grande interesse dos Estados Unidos é unir esforços com a China para combater o tráfico de fentanil, poderoso opióide e droga que mais mata nos EUA atualmente. Quase todos os produtos químicos necessários para produzir fentanil vêm da China, a droga é produzida em massa no México, e traficada através de cartéis para os EUA.

Analistas norte-americanos acreditam que esta questão do fentanil e a dos canais de comunicação militares são as mais prováveis de haver um avanço real, mas acreditam que a volta do diálogo entre as potências, como Biden frisou, é o mais importante neste momento.

A mídia norte-americana divulgou que após a reunião bilateral com Biden, o líder chinês vai participar de um encontro com executivos, um jantar privado em São Francisco com ingressos que custam a partir de US$ 2 mil (R$ 9,8 mil) por pessoa; caso queira sentar na mesma mesa que Xi, a cadeira sai por US$ 40 mil (R$ 196 mil), de acordo com o jornal New York Times.



Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo