Presidente da Colômbia propõe mudança constitucional diante da resistência do Congresso em aprovar reformas sociais ambiciosas, gerando polêmica.




Presidente da Colômbia propõe mudar a Constituição para avançar com reformas

Presidente da Colômbia propõe mudar a Constituição para avançar com reformas

No dia 15 de março, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez uma declaração impactante ao sugerir a modificação da Constituição do país diante da resistência do Congresso, que é majoritariamente opositor, em aprovar as ambiciosas reformas propostas pelo governo.

Em um discurso realizado durante uma mobilização de indígenas que o apoiam em Cali, Petro afirmou: “Se as instituições atuais da Colômbia não forem capazes de atender às reformas sociais que o povo demandou por meio de seu voto, então é necessário convocar uma Assembleia Nacional Constituinte”. Esta é a primeira vez que o presidente sugere alterações na Carta Magna, demonstrando sua determinação em avançar com as mudanças propostas.

As reformas propostas pelo governo incluem alterações nos sistemas de saúde, de pensões, prisional e trabalhista. No entanto, algumas delas enfrentam resistência no Congresso, como a reforma trabalhista que não obteve quórum suficiente para avançar em junho do ano passado.

A reação da oposição não demorou a surgir, com o congressista Hernán Cadavid do partido Centro Democrático classificando os planos de Petro como “perigosos” e afirmando que o presidente está disposto a desestabilizar o país para se manter no poder.

Desde o início de seu mandato em 2022, Petro tem enfrentado diversos obstáculos para a aprovação de suas propostas, com a coalizão de apoio se desgastando ao longo do tempo. A crise mais recente envolveu áudios vazados que colocaram em xeque o financiamento de campanha do presidente, além de escândalos envolvendo membros de seu governo, como a prisão do filho de Petro por lavagem de dinheiro.

Além das reformas internas, o governo colombiano também busca negociar com grupos guerrilheiros no país, como o Exército de Libertação Nacional (ELN). No entanto, as negociações têm enfrentado dificuldades, com a guerrilha declarando um “congelamento” dos diálogos e apontando violações por parte do governo.

O conflito armado que assola a Colômbia há décadas já afetou milhões de pessoas, entre deslocados, mortos e feridos, tornando urgente a busca por soluções para a paz e o desenvolvimento do país.


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