Presidente da Guatemala propõe reforma para destituir procuradora-geral acusada de corrupção e falta de transparência no país.

TÍTULO: Presidente da Guatemala propõe destituição de procuradora-geral

O presidente da Guatemala, Arévalo, anunciou em pronunciamento oficial a intenção de dar um fim ao que chamou de “ciclo obscuro” de Consuelo Porras como procuradora-geral do país. De acordo com Arévalo, eleito com o compromisso de promover transparência e combater a corrupção, a permanência de Porras no cargo é uma injustiça que não pode mais continuar.

Antes de 2018, os presidentes da Guatemala tinham o poder de destituir um procurador-geral, mas uma reforma constitucional alterou essa possibilidade. Arévalo, que conta com o apoio de Washington e do bloco europeu, pretende apresentar a proposta de destituição de Porras ao Congresso, que atualmente é dominado pela oposição.

Com 160 deputados, o Congresso é controlado principalmente pelo partido de direita do ex-presidente Giammattei e de Sandra Torres. Arévalo enfatizou que a permanência de Porras no cargo representa uma ameaça à democracia do país.

Manfredo Marroquín, fundador da Ação Cidadã, braço local da ONG Transparência Internacional, comentou que a atitude de Arévalo era necessária, mas tardia. Para Marroquín, a destituição da procuradora-geral era algo justo e urgente.

Com isso, a proposta de destituição de Consuelo Porras levanta debates e discussões sobre a situação política e judicial da Guatemala, evidenciando a tensão entre os poderes e a necessidade de combate à corrupção. A decisão final caberá ao Congresso, que terá que avaliar a proposta do presidente e decidir sobre o futuro da procuradora-geral do país.

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