Presidente do Parlamento canadense renuncia após polêmica envolvendo apoio militar à Ucrânia

Composta por voluntários, muitos eram admiradores de Stepan Bandera (1909–1959), colaboracionista nazista ucraniano durante a Segunda Guerra Mundial, ou viam os nazistas como aliados úteis para tentar conquistar autonomia ante Moscou. Essa divisão foi acusada de praticar diversos crimes de guerra.

O acontecimento fez com que a imprensa, ativistas e líderes mundiais solicitassem um pedido de desculpas formal do premiê canadense, que estava presente na sessão e também aplaudiu o soldado nazista, ao lado do presidente ucraniano Zelensky, que estava no Canadá em busca de apoio em meio à guerra contra Rússia.

Em meio a retaliações de líderes mundiais e rechaço da Organização das Nações Unidas, o presidente do Parlamento do Canadá, Anthony Rota, anunciou na terça-feira sua renúncia ao cargo.

Apoio ocidental à Kiev

O político francês não foi o ´primeiro a questionar o intenso apoio militar que países do Ocidente tem entregado à Ucrânia desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.

O rechaço também partiu do embaixador polonês no Canadá, Witold Dzielski, que afirmou por meio das redes sociais, que “a Polônia, a melhor aliada que a Ucrânia tem, nunca concordará em coibir tais vilões [em referência a Hunka]”.

“Como embaixada polonesa no Canadá, espero um pedido de desculpas”, finalizou Dzielski.

A declaração do embaixador veio poucos dias após o Estado Polonês, por meio do premiê Mateusz Morawiecki, anunciar o encerramento do envio de armas à Ucrânia. Segundo o líder, a justificativa da ação é a concentração da Polônia em sua própria defesa.

O anúncio polonês corre na esteira de outras admissões ocidentais sobre a insustentabilidade dos consequentes envios de armas a Zelensky. Na última segunda-feira (25/09), a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, chegou a admitir publicamente que o país enviou equipamentos militares desatualizados ou quase nada funcional em diversas ocasiões.

Situação semelhante ocorre com a mais recente decisão da Bulgária, que aprovou a doação de mísseis defeituosos inutilizados pelo país para que Kiev possa usá-los caso consigam realizar o conserto.

(*) Com Sputniknews

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