Presidente do PL e ex-ministro da Justiça depõem à PF, enquanto aliados de Bolsonaro optam pelo silêncio






Presidente do PL e ex-ministro da Justiça respondem à PF; aliados de Bolsonaro se mantêm em silêncio

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres destoaram dos demais aliados de Jair Bolsonaro (PL) e responderam às perguntas da Polícia Federal durante depoimento nesta quinta-feira (22).

Valdemar deixou a sede da PF, em Brasília, por volta de 17h15. Segundo a defesa do político, ele “respondeu todas as perguntas que lhe foram feitas”.

“A defesa não fará qualquer comentário sobre as investigações.”

Anderson Torres seguia prestado esclarecimentos aos investigadores até a publicação desta reportagem.

A decisão do ex-ministro de não silenciar diante da Polícia Federal já havia sido anunciada pela defesa.

“[Anderson] reafirma, assim, sua disposição para cooperar com as investigações e esclarecer toda e qualquer dúvida que houver, pois é o maior interessado na apuração isenta dos fatos”, disse o advogado Eumar Novacki.

Bolsonaro e os oficiais-generais Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier ficaram em silêncio.

As defesas dos investigados alegam que não tiveram acesso à íntegra dos documentos apreendidos pela Polícia Federal, como os anexos da delação do tenente-coronel Mauro Cid.

Segundo informações obtidas pela equipe de reportagem, o depoimento do presidente do PL e do ex-ministro da Justiça foi marcado por uma postura diferenciada em relação aos outros aliados de Jair Bolsonaro. Enquanto Valdemar Costa Neto respondeu a todas as perguntas formuladas pela Polícia Federal e pode deixar a sede do órgão, Anderson Torres continuava prestando esclarecimentos até o fechamento desta matéria. As defesas dos políticos mantiveram um tom neutro em relação às investigações, sem comentar detalhes sobre o conteúdo dos depoimentos.

Por outro lado, as atitudes dos aliados do presidente Bolsonaro foram distintas. Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier optaram por permanecer em silêncio diante dos questionamentos das autoridades. Informações apuradas mostram que as defesas dos investigados alegam não ter tido acesso completo aos documentos apreendidos pela Polícia Federal, incluindo os anexos da delação do tenente-coronel Mauro Cid.

Publicado em 22 de outubro de 2021.


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