Além disso, a rede de livrarias demitiu seus últimos 150 funcionários, que estavam distribuídos entre as áreas administrativas e as últimas cinco lojas físicas restantes no Brasil. Essa medida evidencia ainda mais a situação difícil pela qual a empresa está passando.
A Saraiva, que já foi considerada a maior rede de livrarias do país, com mais de 100 lojas, está em processo de recuperação judicial desde 2018. Na época, a empresa apresentou uma dívida de R$ 675 milhões, o que a levou a tomar essa medida para tentar se reerguer financeiramente.
O primeiro fechamento em massa de lojas da Saraiva ocorreu em outubro de 2018, quando 20 pontos físicos foram encerrados. Esse foi um dos primeiros indícios de que a empresa estava enfrentando dificuldades financeiras significativas.
Infelizmente, a pandemia da Covid-19 agravou ainda mais a situação da livraria. Em abril de 2020, a rede demitiu 500 funcionários após negociação com o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Essa medida foi necessária para tentar reduzir os prejuízos causados pelas restrições impostas para conter o avanço do vírus.
No início de 2021, a Saraiva abriu um leilão para vender parte de sua operação, como parte do acordo de recuperação judicial. Entretanto, a rede não atraiu nenhum comprador habilitado, o que aumenta ainda mais a incerteza sobre o futuro da empresa.
A Livraria Saraiva, que já foi um símbolo do mercado de livros no Brasil, agora enfrenta grandes desafios para se manter em atividade. A renúncia dos principais executivos da empresa, aliada ao fechamento de todas as suas lojas físicas e demissão dos funcionários, mostra a gravidade da situação. Resta acompanhar os desdobramentos dessa crise e torcer para que a Saraiva encontre soluções para se reerguer e continuar contribuindo para o acesso à cultura e ao conhecimento.