Presidente em férias enquanto população sofre: Lula e Bolsonaro são alvos de críticas por suas ausências em locais de catástrofes naturais






Lula e Bolsonaro em meio às tragédias: hipocrisia e insensibilidade

“Por onde anda o Lula, braço do (prefeito do Rio de Janeiro) Eduardo Paes, para ajudar o Rio de Janeiro nestas enchentes causadas pelas chuvas das últimas horas? Ah, ele está viajando pelo mundo com o seu par, assim como ocorrido no Rio Grande do Sul”, postou Jair.

Como sempre defendo aqui, presidentes, governadores e prefeitos devem sim visitar locais de tragédias. Nem tanto pelo sobrevoo estético para gerar imagens de TV e redes sociais, mas porque sua presença ajuda a agilizar processos administrativos a fim de atender vítimas. Portanto, Lula deveria ir ao Rio e a todo local atingido por catástrofes, de chuvas, de secas.

Dito isso, Bolsonaro abraçou o “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Quando fortes chuvas atingiram a Bahia, no dia 23 de dezembro de 2021, matando 25 pessoas, ele despachou ministros que seriam candidatos a cargos públicos nas eleições do ano seguinte e manteve suas férias. No dia 28, foi fotografado passeando de jet ski em São Francisco do Sul (SC). No dia 30, foi ao Beto Carrero World, fazer drifting em carros de corrida.

As imagens dele curtindo férias pagas com cartão corporativo (os sete dias na cidade custaram aos cofres públicos quase R$ 900 mil, segundo o seu próprio governo), enquanto voluntários tentavam salvar pessoas em um Sul da Bahia submerso, foram de uma insensibilidade chocante. Mas também mostraram um presidente coerente, que sempre defendeu que “todos iremos morrer um dia” e que devemos tocar o barco em frente. Ou melhor, o jet ski.

Isso garantiu espaço na mídia para que seu discurso fosse espalhado a apoiadores radicais, vendendo normalidade em meio à pandemia. Vale lembrar que os seguidores do presidente, constantemente excitado, engajado e treinado nas artes da realidade paralela bolsonarista, foi a base da tentativa de golpe de Estado do último 8 de janeiro, quando o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF foram invadidos, vandalizados e roubados.



Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo