Por Elizabeth Pineau e John Irish
O presidente francês, Emmanuel Macron, surpreendeu a todos neste domingo ao anunciar seu apoio a uma nova legislação que permita a chamada “ajuda para morrer”. Macron afirmou que deseja que seu governo apresente um projeto de lei ao Parlamento em maio, marcando uma mudança significativa na postura do país em relação à morte assistida.
Países vizinhos, como Suíça, Bélgica e Holanda, já possuem leis que permitem a morte assistida em certos casos. No entanto, a França vinha resistindo a essa medida, em parte devido à pressão da Igreja Católica, que se opõe à legalização da eutanásia.
Ao anunciar seu apoio à nova legislação, Macron destacou a importância de garantir o direito das pessoas de decidirem sobre o próprio fim de vida. Segundo o presidente, a proposta de lei deve estabelecer critérios claros e garantias para evitar abusos e assegurar que a decisão seja completamente voluntária.
Espera-se que o debate sobre a eutanásia na França seja intenso nos próximos meses, com defensores e opositores expressando opiniões divergentes. O papel da religião, especialmente da Igreja Católica, também deverá ser um aspecto importante dessa discussão.
Com o anúncio de Macron, a França se junta a um grupo crescente de países europeus que estão revendo suas leis sobre o fim da vida. A decisão do presidente francês pode ter um impacto significativo não apenas no país, mas também em todo o continente, influenciando debates semelhantes em outras nações.
