Presidente Lula defende reformas na governança global e busca por um planeta mais pacífico em discurso na ONU

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso em 2009 na Assembleia Geral da ONU, onde destacou a importância de buscar soluções negociadas e construir uma paz duradoura. Em seu pronunciamento, Lula afirmou que a ONU não foi projetada para lidar com os escombros de conflitos, mas sim para preservar os povos do flagelo da guerra.

No contexto internacional da época, o destaque era a crise financeira de 2008, que teve como estopim a quebra do banco Lehman Brothers. Lula utilizou essa crise para defender reformas na governança global, argumentando que os países desenvolvidos e os organismos multilaterais falharam em prever e prevenir a catástrofe. Ele enfatizou a necessidade de corrigir o modelo de pensamento e ação que dominaram o mundo por décadas, o qual defendia a autorregulação dos mercados e desprezava a intervenção do Estado.

Atualmente, o mundo enfrenta um novo conflito, na Ucrânia, causado pela invasão russa. Lula criticou a invasão, mas não endossou as críticas das potências ocidentais, que exigiam a retirada das tropas russas como pré-condição para as negociações de paz. Com isso, o ex-presidente utiliza o conflito para reforçar a importância de tratar questões de segurança e paz de acordo com a ordem mundial atual.

Além disso, Lula defende a inclusão do Brasil, Índia, Alemanha e Japão como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Segundo ele, Alemanha e Japão foram excluídos da governança global após a Segunda Guerra Mundial e já se passaram quase 80 anos desde então. O Brasil e a Índia são membros fundadores do bloco Brics, que recentemente reivindicou a expansão do Conselho de Segurança.

O discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU pode ser acompanhado online nesta terça-feira, dia 19. Ele será o terceiro a falar, em uma sessão que tem início às 10h (horário de Brasília).

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