Presidente Lula é considerado “persona non grata” por Israel após declarações polêmicas sobre o conflito na Faixa de Gaza.







Presidente Lula condena atos terroristas do Hamas

Lula condenou atos terroristas do Hamas “diversas vezes”. Segundo a Secretaria de Comunicação Social do governo federal, o presidente “sempre condenou atos terroristas do Hamas”.

Presidente não deverá se desculpar por fala. O Palácio do Planalto pretende reforçar que as críticas sobre o conflito na Faixa de Gaza focam no Estado de Israel e no governo de Benjamin Netanyahu, e não no povo judeu.

Planalto avalia que a fala de Lula não estava errada, mas que o discurso pode, sim, ser confundido com um ataque ao povo judeu. O presidente está reunido nesta manhã com o ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, e o ministro Paulo Pimenta (Secom) no Palácio da Alvorada para tratar do assunto.

Persona non grata

“Persona non grata” até que retire o que disse. O termo em latim significa pessoa indesejada e se refere à prática de um Estado proibir um diplomata (no caso de Lula, um chefe de Estado) de entrar no país em viagem oficial. O chanceler Israel Katz enviou a mensagem, por intermédio do embaixador brasileiro no país, Frederico Meyer, de que Lula não é bem-vindo até que retire o que disse.

Primeiro-ministro israelense disse que Lula ‘ultrapassou linha vermelha’. “As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, escreveu ele no X (antigo Twitter).


Como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva tem sido centro de polêmica internacional após expressar posicionamentos críticos sobre o conflito na Faixa de Gaza, envolvendo o Estado de Israel e o grupo palestino Hamas. O Governo Federal, por meio da Secretaria de Comunicação Social, informou que Lula condenou atos terroristas do Hamas “diversas vezes” e que não pretende se desculpar pela sua declaração, mas esclarecer que suas críticas se direcionam ao governo israelense e não ao povo judeu em si.

O Palácio do Planalto também considera que a fala do presidente não estava errada, porém há preocupação de que seu discurso possa ser interpretado como um ataque ao povo judeu, o que motivou uma reunião de Lula com o ex-chanceler Celso Amorim, um assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, e o ministro Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação. Durante o encontro no Palácio da Alvorada, a questão foi discutida e estratégias para lidar com o impacto internacional das declarações foram planejadas.

No entanto, a repercussão das falas de Lula não se limitou a um diálogo diplomático. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu publicamente, afirmando que as palavras do presidente do Brasil são “vergonhosas e graves” e que ultrapassaram uma “linha vermelha”, acusando Lula de banalizar o Holocausto e tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender. Além disso, o chanceler Israel Katz declarou Lula como “persona non grata”, afirmando que o presidente brasileiro não é bem-vindo em Israel até que se retrate.

Essa tensão diplomática pode ter consequências significativas nas relações internacionais do Brasil e na imagem do país no cenário global. Além disso, o debate sobre a liberdade de expressão, as relações internacionais e a abordagem de questões sensíveis como o conflito no Oriente Médio ganha destaque com esse episódio, que continua a evoluir e a seracompanhado de perto por atores políticos e sociais ao redor do mundo.

Esses desdobramentos exigem uma ação estratégica por parte do governo brasileiro e colocam Lula no centro de uma controvérsia que coloca em xeque as suas declarações em relação ao conflito entre Israel e o Hamas. A forma como o Brasil irá lidar com essa situação certamente terá impactos significativos em seu papel no cenário internacional.

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