Presidente Lula faz apelo antecipado para votar em Guilherme Boulos em São Paulo, desrespeitando Lei das Eleições






Artigo sobre Evento Político

Lula faz discurso polêmico em evento político


No momento, ainda não temos candidatos, mas aspirantes. E os pré-candidatos têm apenas uma pretensão: a de serem escolhidos em convenção.

Ontem, na solenidade do Dia do Trabalhador, o presidente Lula esteve em São Paulo para participar de um evento organizado por centrais sindicais.

Lula deveria ter trazido, debaixo do braço e para consulta, a chamada Lei das Eleições. Ela entrou em vigor no século passado, ou seja, é (ou deveria ser) bem conhecida por Lula.

Para estabelecer a paridade, essa lei não permite pedido de voto para pré-candidatos. Não admite, por exemplo, a “dopagem”, para usar um reprovável termo esportivo. E Lula “dopou” Guilherme Boulos, no evento de ontem.

O presidente mandou a Lei das Eleições às favas. Claramente pediu votos ao pré-candidato da esquerda em São Paulo: “Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo.”

Boulos ainda nem é candidato. Pedir votos é ilegal. Representa propaganda antecipada que só poderá ocorrer, segundo o calendário eleitoral, no mês de agosto.

Os discursos inflamados de Lula certamente foram o destaque do evento, onde a questão da legalidade de seu pedido de votos chamou a atenção. A relação entre política e legislação eleitoral sempre foi um tema sensível e as atitudes dos pré-candidatos estão sendo analisadas de perto pelos especialistas.

Agora, resta aguardar os próximos passos dos aspirantes a candidatos e como a justiça eleitoral irá lidar com as questões levantadas nesse evento político.


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