O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca, nesta semana, em uma importante viagem internacional para participar de dois encontros regionais de extrema relevância para a política externa do Brasil. Lula visitará a Guiana e São Vicente e Granadinas, consolidando a presença do país em eventos que reúnem nações da América do Sul, América Central e do Caribe.
No dia 28, quarta-feira, o presidente desembarcará em Georgetown, capital da Guiana, onde será destaque no encerramento da 46ª Cúpula do Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom) como convidado especial. Em seguida, no dia 29, Lula seguirá para Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, para participar da abertura da 8ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), bloco do qual o Brasil retornou em 2023.
A Comunidade do Caribe, composta por 15 países-membros, desempenha um papel crucial na cooperação política e econômica da região caribenha, com forte influência dos Estados Unidos. Segundo a embaixadora e secretária de América Latina do Ministério das Relações Exteriores, Gisela Padovan, esse grupo representa uma parcela significativa nas decisões internacionais, votando em conjunto em importantes questões nas organizações como a ONU e a OEA.
Desde o início do terceiro mandato, Lula tem dado atenção especial aos assuntos externos, buscando reposicionar o Brasil no cenário global. Durante um evento recente em comemoração aos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP), o presidente afirmou que o país nunca foi tão respeitado internacionalmente como atualmente.
O retorno de Lula ao Brasil após a última viagem ao continente africano, onde visitou o Egito e a Etiópia, foi marcado por polêmica. Em Adis Abeba, capital da Etiópia, o presidente fez uma declaração comparando os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto, o que gerou críticas e um pedido de impeachment da oposição, protocolado na Câmara na semana passada.
