Presidente Lula rejeitou decreto de GLO durante ataques aos prédios dos três Poderes, afirma à Folha




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Presidente Lula rejeitou decreto de GLO durante ataques aos prédios dos três Poderes

O presidente Lula (PT) afirmou à Folha que rechaçou decretar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) durante os ataques aos prédios dos três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, para não terceirizar aos militares o comando de uma crise que, segundo ele, deveria ser resolvida na política.

O presidente explicou: “Nas conversas que eu tive com o ministro Flávio Dino [da Justiça], e foram muitas conversas, dentre várias coisas que ele me falou, ele aventou que uma das possibilidades era fazer GLO. E eu disse ao ministro Flávio Dino que não teria GLO. Eu não faria GLO porque quem quiser o poder que dispute as eleições e ganhe, como eu ganhei as eleições.”

Segundo ele, a crise deveria ser solucionada na política e não por intermédio dos militares. O presidente ainda afirmou que seu objetivo era resolver a crise e que foi feito dentro do ambiente político, sem a necessidade de intervenção militar. Adotando uma postura firme, Lula optou por não ceder o comando da crise aos militares, reafirmando sua convicção na resolução de conflitos por meios democráticos. Ele destacou que, por ser o presidente eleito, era sua responsabilidade solucionar a crise no Distrito Federal.

Em um encontro no Palácio do Planalto com os chefes dos três Poderes e governadores, Lula organizou uma caminhada até o STF para verificar os estragos dos ataques do dia anterior. Ele afirmou que o gesto do encontro serviu como uma “fotografia” para a população, demonstrando a união e força dos governantes em prol da democracia.

Lula também comentou que, diante do que aconteceu, é necessário fortalecer a democracia para que nunca mais haja tentativas de golpes de Estado. Ele reforçou sua confiança no sistema democrático brasileiro e na capacidade de enfrentar futuras crises sem recorrer a medidas autoritárias. O presidente se referiu ao ato que está sendo organizado no Senado Federal para marcar um ano dos ataques, reforçando a importância de manter a estabilidade política e democrática no país.

Por fim, Lula reiterou sua determinação em não permitir que a democracia brasileira seja enfraquecida, destacando que a resposta dada ao ato de vandalismo foi um exemplo do compromisso do país com a liberdade e a ordem democrática. Sua postura firme diante da crise demonstrou sua convicção em resolver conflitos de forma pacífica e democrática, fortalecendo os alicerces da sociedade brasileira.


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