Presidente panamenho promete fechamento seguro de mina de cobre, mas empresa pede suspensão de 7.000 contratos de trabalho

Após uma decisão judicial que determinou o fechamento de uma mina a céu aberto no Panamá, o presidente panamenho, Laurentino Cortizo, prometeu um processo “ordeiro e seguro” para encerrar as atividades da mina. Localizada no Caribe, a mina produz 300.000 toneladas de concentrado de cobre por ano, o que representa 75% das exportações do país e 5% do seu Produto Interno Bruto (PIB).

A decisão judicial foi provocada por protestos de ambientalistas, que alegam que a mina causa danos severos ao meio ambiente. Eles argumentam que “o Panamá vale mais sem mineração”, o que gerou um embate entre defensores da atividade econômica e preocupações ambientais.

A empresa responsável pela mina, First Quantum, buscou suspender os contratos de cerca de 7.000 funcionários, alegando dificuldades financeiras devido a bloqueios ilegais nas vias de acesso e no porto que atende a mina. No entanto, o sindicato dos trabalhadores da mineradora rejeitou essa proposta, o que gera incerteza sobre o futuro desses empregados e de outros 33.000 empregos indiretos ligados à mineração.

Como consequência da decisão judicial, o ministro panamenho de Indústria e Comércio, Federico Alfaro Boyd, renunciou na quinta-feira. Em sua carta de renúncia, ele advertiu que a decisão do Supremo Tribunal pode acarretar sérias consequências para o país, incluindo perda de empregos, arbitragens internacionais e a perda do grau de investimento do país por agências de classificação de risco.

Em meio a essas incertezas, o presidente Cortizo busca garantir um processo de fechamento da mina que minimiza os impactos econômicos e sociais, enquanto a população e o governo lidam com as consequências da decisão judicial que afeta uma parte significativa da economia panamenha.

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