Presidentes de esquerda na Colômbia e México buscam mudança de estratégia na luta antidrogas, destacando investimento social como solução de longo prazo

Mudanças na estratégia antidrogas: desafios na América Latina

Em uma entrevista recente, o especialista em segurança Charles enfatizou a necessidade de “soluções de longo prazo” com investimento social para lidar com a questão do tráfico de drogas. Ele argumenta que a abordagem linha-dura “só funciona imediatamente” e que os criminosos sempre encontrarão maneiras de responder com mais violência se a prisão for a única solução.

Essas declarações ecoam as propostas dos presidentes Gustavo Petro, da Colômbia, e Andrés Manuel López Obrador, do México, que buscam uma mudança de estratégia na luta antidrogas em seus países. O presidente colombiano critica a política antidrogas equivocada, destacando que a expansão de facções internacionais na América está diretamente relacionada a essa abordagem. Além disso, um relatório do governo colombiano sobre plantações de folha de coca em 2022 revelou que as metas propostas na luta antidrogas não foram alcançadas, apesar dos enormes esforços empreendidos ao longo de meio século.

Mesmo com o apoio militar dos Estados Unidos, a Colômbia continua sendo o principal produtor mundial de cocaína, com pelo menos 1.738 toneladas em 2022, conforme indicado pela ONU. Esses dados apontam para a necessidade urgente de rever as políticas e estratégias atuais em relação ao tráfico de drogas na região.

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