Etiópia recupera avião histórico em Roma
No último sábado, durante a cúpula de dirigentes africanos em Roma, o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, formalizou a devolução do avião Tsehay à Etiópia. O gesto foi visto como um marco histórico e uma oportunidade para reafirmar a importância do resgate da cultura e história do país.
O avião, batizado como Tsehay em homenagem à princesa Tsehay, filha do imperador Selassie, foi construído em 1935 graças à colaboração do engenheiro e piloto do imperador, Ludwig Weber, e dos etíopes da época. Voando pela primeira vez em dezembro de 1935, o avião foi um símbolo da inovação e progresso do país naquela época.
Porém, o destino do Tsehay tomou um rumo diferente após a invasão da Etiópia, então chamada Abissínia, pelas forças do ditador fascista Benito Mussolini em 1935. O avião foi levado para a Itália e permaneceu lá por décadas até a devolução oficial à Etiópia neste fim de semana.
Em meio a esse contexto histórico, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, foi elogiada por seu apoio há um ano, que facilitou esta restituição. O gesto foi ressaltado pelo primeiro-ministro etíope como um ato de imensa gratidão, demonstrando um esforço de colaboração e reconhecimento mútuo entre os dois países.
Em um momento significativo, o avião Tsehay foi entregue de volta à Etiópia como um símbolo da resiliência e preservação da história do país. A iniciativa de trazer de volta esse artefato histórico ganhou destaque ao mostrar a importância de valorizar e preservar a identidade cultural e a herança histórica de um povo.
Assim, a devolução do avião Tsehay à Etiópia representa mais do que uma simples transação de um objeto histórico, mas sim um marco na busca pela preservação da identidade e história de um povo, além de fortalecer os laços entre os países envolvidos.
