Prisão do coronel Romão nos EUA gera constrangimento duplo ao Exército e levanta questionamentos sobre sua matrícula em escola de defesa






Prisão do Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto: Exército enfrenta constrangimento

A prisão retardatária do coronel Bernardo Romão Corrêa Netto causou duplo constrangimento ao Exército. No total, 16 militares caíram no alçapão da Operação Hora da Verdade. Dos quatro que tiveram a prisão decretada, faltava recolher o coronel Romão. Como precisou repatriá-lo dos Estados Unidos, o Exército amargou por mais três dias uma exposição negativa iniciada na quinta-feira, quando a Polícia Federal tocou a campainha dos enrolados. E ainda precisa explicar por que manteve um golpista matriculado no Colégio Interamericano de Defesa.

Sediada em Washington, a escola oferece cursos de graduação e pós-graduação a militares e agentes de forças de segurança de países vinculados à Organização dos Estados Americanos. Vangloria-se de envernizar currículos, aparelhando os donos para assumir cargos estratégicos nos governos de seus países. Efetivada no apagar das luzes de 2022, ainda sob Bolsonaro, a matrícula do coronel Romão sobreviveu à transição do novo governo por um ano e dois meses.

Quer dizer: o coronel permanecia nos Estados Unidos 14 meses depois da chegada de Lula, o presidente cuja posse o braço golpista do bolsonarismo tentou impedir. A investigação da PF pilhou o coronel Romão organizando reunião de militares das Forças Especiais do Exército, os chamados “kids pretos”. Treinados para defender o Estado, agiriam na consumação do golpe. Atribuía-se a militares das forças especiais, por exemplo, a missão de prender Alexandre de Moraes.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo