Procurador-geral da Guatemala renuncia após acusação de desobediência e descumprimento de deveres durante manifestações de bloqueio de vias.

O general reformado, Juan Esteban Barrientos, foi acusado pelo órgão de acusação penal por supostamente praticar os crimes de descumprimento de deveres e desobediência. A acusação baseou-se em sua recusa em remover à força dezenas de bloqueios de vias que exigiam a renúncia da procuradora-geral Consuelo Porras e de outros procuradores.

Em resposta às acusações, Barrientos declarou à mídia local: “Felizmente, a justiça foi feita […], não houve desobediência, não houve descumprimento de deveres, o que foi feito foi privilegiar a vida dos guatemaltecos durante essas manifestações e bloqueios”. Ele destacou a importância de priorizar a vida dos cidadãos durante o período de protestos.

A polêmica em torno de Barrientos resultou em sua renúncia ao cargo em 16 de outubro. Isso ocorreu após a Procuradoria solicitar à Corte de Constitucionalidade (CC) sua destituição por se opor a deslocar os manifestantes.

Ao falar sobre a situação, Barrientos reconheceu que foi um momento delicado para a população guatemalteca, porém ressaltou que a decisão de não atacar os manifestantes foi uma forma de evitar a escalada da violência. Ele enfatizou a importância de privilegiar a vida de todos os guatemaltecos, independentemente de estarem uniformizados ou não.

O contexto que levou à renúncia de Barrientos teve início em outubro, quando milhares de pessoas fecharam centenas de pontos de estradas em diferentes regiões da Guatemala, incluindo a capital. Eles exigiam a saída da procuradora Consuelo Porras, acusada de empreender ações judiciais para evitar a posse do presidente Arévalo.

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