Profissionais buscam equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida

A fotógrafa Paula Oliveira, 29 anos, que trabalha em uma agência de comunicação, revela que não deseja assumir cargos de liderança em sua carreira. Segundo Paula, os ganhos financeiros muitas vezes não compensam a sobrecarga de responsabilidades.

Como mãe de uma menina de 1 ano e 6 meses, Paula busca ocupações que não exijam horas extras ou trabalho nos finais de semana, devido às suas responsabilidades maternas que exigem mais tempo e dedicação.

A pesquisa “Futuro do Trabalho 2024: onde estamos e para onde vamos”, realizada pela plataforma de inteligência Futuros Possíveis, identificou que apenas 10% dos profissionais brasileiros ambicionam assumir cargos de gestão, em contraste com a busca por melhores salários e benefícios.

O que pensa a geração Z

Profissionais da geração Z, como Paula Oliveira, demonstram um desejo crescente de ascensão na carreira sem a responsabilidade de liderar equipes. Esta geração busca oportunidades que permitam utilizar suas habilidades individuais e estejam alinhadas com seus desejos e valores pessoais.

Mudanças no mercado

Uma das mudanças perceptíveis no mercado é a adoção de jornadas de trabalho mais curtas, como a semana de quatro dias ou “short fridays”. Empresas também têm oferecido flexibilidade de trabalho remoto, buscando melhorar a produtividade e atender às preferências dos colaboradores.

Profissionais como Rick Azevedo, que criou o movimento Vida Além do Trabalho, têm buscado o fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho, alegando que o excesso de horas pode levar a exaustão e problemas de saúde mental.

Vida além do trabalho

Exemplos como o de Caio Oliveira, que enfrentou jornadas exaustivas na área de hotelaria e encontrou mais qualidade de vida ao mudar para um cargo administrativo com horários flexíveis, destacam a importância do equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida.