Propagandas de financiamentos iludem consumidores com taxas de juros baixas: o alerta sobre o risco das escolhas feitas




Artigo sobre Financiamento Imobiliário

Financiamento Imobiliário: O Alerta sobre Taxas de Juros

No final de 2020 e início de 2021, muitas propagandas de financiamentos imobiliários com taxa de juros atrativas foram veiculadas, promovendo a taxa de apenas 3,55% ao ano. Parecia uma oportunidade imperdível, mas será que era mesmo? Neste artigo, discutiremos a polêmica em torno desses financiamentos e o impacto das decisões tomadas pelos consumidores.

Um dos principais alertas foi dado pelo expert em investimentos, Michael Viriato, que destacou a importância de olhar para além da taxa de juros nominal anunciada. Muitos, como o caso de Carlos, que entrou em contato com Viriato, acabaram se deparando com um dilema em relação ao financiamento imobiliário que contrataram anteriormente.

Carlos, seguindo orientações divergentes, optou por um financiamento com taxa de juros de 3,88% ao ano, que, apesar de aparentemente baixa, teve como consequência um saldo devedor crescente devido à correção pelo IPCA, índice de inflação. Viriato ressaltou a importância de analisar não apenas a taxa de juros nominal, mas também o indexador de correção utilizado no financiamento.

Ao comparar os financiamentos corrigidos pelo IPCA e pela TR, Carlos percebeu que a escolha inicial não foi a mais vantajosa, pois o IPCA apresentou variações mais significativas nos últimos anos. Agora, ele se vê diante da possibilidade de portabilidade, mas a decisão não é tão simples.

A análise de Viriato considera projeções futuras, levando em conta a queda da taxa Selic e as expectativas de inflação. Com base nesses dados, a recomendação é aguardar um cenário mais favorável para realizar a portabilidade, evitando um custo total maior no financiamento.

Em resumo, o caso de Carlos serve como alerta para todos os consumidores que buscam financiamentos imobiliários. É essencial analisar não apenas a taxa de juros anunciada, mas também o impacto do indexador de correção e as projeções futuras. Com um olhar atento e estratégico, é possível fazer escolhas mais conscientes e evitar surpresas desagradáveis no futuro.

Por Michael Viriato, assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

Contato: michaelviriato@casadoinvestidor.com


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