Bloqueios na Bolívia causam paralisação parcial do país
A Bolívia está parcialmente paralisada por causa de bloqueios rodoviários realizados desde 22 de janeiro por apoiadores do ex-presidente Evo Morales, impedido por magistrados a se candidatar novamente à Presidência.
Os protestos acirraram a disputa dentro do governo entre o ex-presidente e seu sucessor, Luis Arce, ex-aliado e hoje seu maior adversário em sua tentativa de voltar ao poder.
– Como os protestos começaram? –
No fim de dezembro, o Tribunal Constitucional inabilitou Morales como candidato presidencial para as eleições de 2025, alegando que a reeleição indefinida não é um “direito humano”, como havia apontado em outra sentença de 2017.
Esses bloqueios têm impactado diretamente na economia boliviana, criando transtornos para a população, com o desabastecimento de mercadorias e dificuldades de locomoção. As estradas bloqueadas têm causado congestionamentos e atrasos no transporte de carga e passageiros.
O atual presidente, Luis Arce, tem tentado dialogar com os manifestantes para encontrar uma solução pacífica para a situação, mas até o momento, as negociações não avançaram significativamente.
– Repercussão internacional –
A comunidade internacional tem acompanhado de perto os acontecimentos na Bolívia, manifestando preocupação com a instabilidade política e os impactos econômicos causados pelos bloqueios.
Vários países e organismos internacionais têm apelado para o diálogo e a busca de uma solução rápida e pacífica para a crise, visando a estabilidade democrática e o bem-estar da população boliviana.
A ONU e a OEA estão prontas para mediar possíveis negociações entre o governo e os manifestantes, buscando evitar uma escalada de conflitos e prejuízos maiores para o país.
O governo boliviano está sob pressão para encontrar uma saída para a crise, que tem gerado tensões e incertezas em relação ao futuro político e social do país.