Em meio aos embates políticos na Hungria, o populista Orbán e seu partido Fidesz vêm sendo alvo de críticas por sua proximidade com o chefe do Kremlin, Vladimir Putin. Após a morte do opositor russo Alexei Navalny, Orbán e seus correligionários se recusaram a prestar luto, o que gerou indignação entre os manifestantes.
Nascimento de uma nova força de oposição na Hungria?
O político de oposição húngaro Péter Magyar aproveitou a ocasião para falar aos manifestantes em Budapeste, apontando a necessidade de mudanças no país. Segundo ele, a Hungria está sendo dominada por uma “oligarquia” que prejudica as instituições estatais, defendendo a independência do Judiciário e da imprensa em relação à política.
Magyar também ressaltou a importância de o país se afastar do posicionamento anti-União Europeia e se voltar para os aliados ocidentais, em busca de uma nova postura internacional.
Com o afastamento de figuras importantes do governo, como a ex-ministra da Justiça Judit Varga, Magyar tem se destacado como uma voz crítica ao atual governo de Orbán e tem mencionado a possibilidade de fundar um novo partido político.
Uma pesquisa de opinião do instituto Median indica que Magyar poderia conquistar até 9% dos votos eleitorais, tornando-se uma força significativa dentro da oposição húngara, que se encontra fragmentada.
