Qual título do Tesouro Direto deve render mais nos próximos anos? Entenda as diferenças e faça a escolha certa entre IPCA e prefixado.




Artigo sobre Títulos Públicos Federais no Tesouro Direto

Análise sobre Títulos Públicos Federais no Tesouro Direto

Recentemente, tenho sido abordado com frequência por investidores que questionam qual título negociado na plataforma do Tesouro Direto pode render mais. Essa questão não é simples de ser respondida, pois envolve um certo grau de risco. No entanto, é possível teoricamente identificar qual título poderia apresentar um retorno mais elevado considerando o cenário atual.

Antes de adentrar nessa discussão, é essencial esclarecer um equívoco comum entre os investidores. Muitos se referem à plataforma como se estivessem comprando o Tesouro Direto, quando na verdade estão adquirindo títulos públicos federais disponíveis nessa plataforma.

A plataforma do Tesouro Direto oferece a negociação de alguns títulos públicos federais para investidores pessoa física, no entanto, nem todos os títulos estão disponíveis nesse canal. Dentre os tipos de títulos negociados, temos os referenciados à taxa Selic, os prefixados e os referenciados ao IPCA, cada um com suas particularidades.

No título prefixado, a remuneração é fixada desde o início, o que permite saber o retorno até o vencimento de forma precisa. Por outro lado, esse título carrega o risco da inflação futura, o que pode afetar o juro real, ou seja, a remuneração acima do IPCA.

Já os títulos referenciados à Selic possuem remuneração diária, o que tende a resultar em uma taxa menor no longo prazo, comparado aos outros dois tipos de títulos. Por fim, os títulos referenciados ao IPCA oferecem um retorno aproximado de IPCA+6,1% ao ano, enquanto os prefixados apresentam um retorno de 11,3% ao ano.

A escolha entre esses títulos deve considerar a expectativa de inflação do investidor, bem como o cenário econômico atual. Em um ambiente de incertezas fiscais no Brasil e com uma inflação abaixo de 4% ao ano, apostar em um prêmio de inflação de 4,90% nos próximos 5 anos pode parecer uma estratégia interessante.

Diante disso, em teoria, o título prefixado tende a apresentar um maior retorno nos próximos anos. No entanto, a preferência por segurança pode levar alguns investidores a optar pelos títulos referenciados ao IPCA, que possuem uma proteção contra a inflação.

Michael Viriato, assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor, destaca a importância de avaliar o apetite a risco de cada investidor e suas expectativas em relação à inflação ao tomar essa decisão de investimento.


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