A primeira-ministra Mette Frederiksen expressou sua emoção diante da notícia da morte da Rainha Margrethe II da Dinamarca. “Muitos de nós não conhecemos outro monarca. A Rainha Margrethe é a própria encarnação da Dinamarca e, ao longo dos anos, colocou palavras e sentimentos ao que somos como povo e como nação”, afirmou Frederiksen em um comunicado oficial.
Margrethe II era uma personalidade muito popular na Dinamarca, conhecida por sua postura pouco política e por sua habilidade em unir a nação. O historiador Lars Hovebakke Sorensen destacou a capacidade da rainha em manter o país unido em meio a períodos de mudança, como a globalização, a diversidade cultural, crises econômicas e a pandemia de Covid-19, durante a comemoração dos 50 anos de seu reinado em 2022.
Nascida em 16 de abril de 1940, Margrethe II possui uma trajetória marcada por seus talentos artísticos. Durante sua juventude, trabalhou como estilista e cenógrafa, além de ter traduzido para o dinamarquês o livro “Todos os homens são mortais”, da intelectual francesa Simone de Beauvoir, em 1981. Além disso, a rainha também se dedicou ao desenho, tendo ilustrado uma reedição da famosa saga “O Senhor dos Anéis” de J.R.R. Tolkien em 2022.
Apesar de carregar a sombra de sua mãe, o príncipe herdeiro Frederik, de 55 anos, cultivou uma boa imagem junto ao povo dinamarquês, contando com a simpatia de 80% da população, de acordo com pesquisas de opinião.
