Raoni se reunirá com Macron em Belém para discutir questões ambientais em encontro bilateral de destaque




Encontro entre Raoni e Macron fortalece debate sobre povos indígenas na Amazônia

Encontro entre Raoni e Macron fortalece debate sobre povos indígenas na Amazônia

O líder indígena Raoni se reunirá pela terceira vez com o presidente francês Emmanuel Macron em um encontro marcado para acontecer em Belém. Raoni, que é amigo de Macron, viaja acompanhado de uma comitiva trazida pelo Governo Federal para participar do encontro. Esta reunião ocorre logo após o encontro entre Lula e Macron a bordo de um barco na baía de Guajará, onde visitaram a produção sustentável de cacau e chocolates amazônicos feita por mulheres na ilha do Combu. Em seguida, percorreram um trecho da mata e se reuniram com líderes das comunidades indígenas locais para um lanche amazônico.

Este é o chamado eixo ambiental da visita bilateral de Macron, que marca sua primeira visita ao Brasil e à América Latina desde que assumiu a presidência em 2017. O tema ambiental é central nas discussões entre os presidentes, que negociam cerca de 30 atos e protocolos em Brasília, onde Macron será recebido com honras de Estado. Entre os acordos discutidos estão o “Chamado Brasil-França à ambição climática de Paris em Belém” e o “Roteiro sobre a bioeconomia e a proteção das florestas tropicais”.

A cacique Watatakalu Yawalapiti, líder feminina de 16 povos da região do Xingu, destacou a falta de representatividade das comunidades indígenas nos debates internacionais, como o G20 e a COP30. Ela ressaltou a importância de levar em consideração a visão e a realidade dos povos indígenas, que muitas vezes são negligenciadas nas discussões.

Falta de conhecimento sobre a realidade dos povos indígenas

Watatakalu apontou a necessidade de aprofundar o debate sobre como produzir e gerar renda sem destruir as florestas. Ela criticou o discurso vazio e demonstrou frustração com a falta de conhecimento sobre os povos indígenas, ressaltando as dificuldades enfrentadas em seu próprio trajeto até Brasília.

A líder indígena relatou as longas horas de viagem que precisou fazer, partindo de sua aldeia até chegar à capital federal, destacando a falta de compreensão sobre as realidades locais. Essa falta de conhecimento, segundo ela, reflete em políticas e ações que não consideram as necessidades e visões dos povos indígenas.


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