Reforma Constitucional no Chile: Balão de oxigênio para Boric e derrota para a classe política, segundo analistas.

Analista afirma que resultado do debate constitucional é uma derrota para a classe política

Stéphanie Alenda, analista da Faculdade de Educação e Ciências Sociais da Universidade Andrés Bello, expressou sua visão sobre o resultado do debate constitucional que culminou na vitória do ‘não’ à convocação de uma Assembleia Constituinte no Chile. Para Alenda, a grande derrotada nesse processo é a classe política em seu conjunto, tendo em vista que o país está imerso nesse debate desde a explosão social, com quatro anos de discussões e duas tentativas frustradas de chegar a um consenso sobre um texto.

Oxigênio para o governo de Boric

O resultado do plebiscito representa um balão de oxigênio para o governo de Gabriel Boric, que enfrenta acusações de corrupção e lida com índices relativamente elevados de criminalidade, além de um Congresso de maioria opositora. Um analista da UDP destaca que o governo aproveitará o momento para promover reformas que estão estagnadas, principalmente a tributária e a da previdência, aproveitando essa vantagem temporária.

Apesar da tentativa da oposição de transformar o processo eleitoral em um plebiscito sobre a gestão de Boric, o resultado representa uma vitória amarga para o governo de esquerda, que optou pela manutenção da Constituição redigida durante a ditadura. Segundo Alenda, o triunfo do ‘contra’ não resolve em absoluto os atuais problemas do governo, que enfrenta questões sociais, crime, segurança, ordem e migração, além das divisões internas dentro do próprio governo.

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