Refugiados e migrantes: a perigosa travessia do Darién revelada em série especial da Folha




Reportagem Especial: A Realidade dos Refugiados no Brasil

Reportagem Especial: A Realidade dos Refugiados no Brasil

No cenário atual, a realidade enfrentada por pessoas refugiadas e migrantes que se arriscam na perigosa travessia do Darién, entre a Colômbia e o Panamá, foi exposta de forma contundente em uma série de reportagens especiais da Folha. A jornada insegura e repleta de riscos de vida foi retratada de maneira primorosa, alertando para os perigos enfrentados por aqueles em busca de uma vida melhor.

De acordo com o Acnur (Agência da ONU para Refugiados), a criação de oportunidades de meios dignos de vida e a facilitação da reunificação familiar poderiam contribuir para que as pessoas refugiadas não deixassem o Brasil. Com mais de 730 mil pessoas necessitando de proteção internacional no país, é evidente que há um potencial significativo de inovação, diversidade cultural e contribuições para o desenvolvimento provenientes dessas populações de mais de 160 nacionalidades.

O especial da Folha ressaltou a importância de oferecer oportunidades dignas de trabalho para que mesmo aqueles que eventualmente deixam o Brasil em busca de outros destinos possam empreender e colaborar para o futuro do país.

Os solicitantes de asilo que chegam ao Brasil são amparados pela Lei de Refúgio (9.474-1997), um instrumento moderno que garante direitos fundamentais e se mostra essencial em um contexto global onde muitos países buscam restringir a entrada de indivíduos forçados a se deslocar.

Lá Fora

Receba semanalmente em seu e-mail uma seleção com os acontecimentos mais relevantes do mundo.

A legislação brasileira incorpora a Declaração de Cartagena sobre Refugiados, que completa 40 anos em 2021. Esse instrumento ampliou a definição de refugiado para incluir não apenas aqueles perseguidos individualmente, mas também pessoas que fogem de violações generalizadas de direitos humanos e violência generalizada em seus países de origem, como é o caso do Haiti atualmente. A solidariedade, responsabilidade compartilhada e inovação presentes na Declaração de Cartagena são refletidas na resposta brasileira às pessoas necessitadas de proteção internacional.

A realização da 2ª Conferência Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia (Comigrar) em diversas localidades brasileiras é um exemplo do compromisso do país com políticas inclusivas. Promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, esse evento permite às comunidades refugiadas, migrantes e apátridas discutirem políticas que atendam às suas demandas.

O Acnur tem identificado mais de 40 organizações lideradas por refugiados e migrantes para se aproximar dos desafios enfrentados por essas populações e buscar soluções em parceria com elas.

A despeito dos desafios enfrentados na integração, a sólida legislação e as políticas públicas em constante aprimoramento garantem o acesso à proteção e a oportunidades de recomeço para os refugiados que buscam construir uma vida no Brasil. Com a colaboração de diversos setores da sociedade, é possível proporcionar as oportunidades necessárias para que essas pessoas possam realizar seus sonhos em solo brasileiro, demonstrando empatia e solidariedade.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo