Relatório da ONG Human Rights Watch critica seletividade de líderes globais no tratamento dos direitos humanos e pede baseação em princípios.







Relatório da Human Rights Watch aponta seletividade em tratamento de direitos humanos

Relatório da Human Rights Watch aponta seletividade em tratamento de direitos humanos

A seletividade de critérios usados por governos no tratamento dos direitos humanos na arena global reduz a confiança nas instituições responsáveis por proteger esses direitos, de acordo com a ONG Human Rights Watch em seu novo relatório anual sobre o assunto.

O relatório, divulgado nesta quinta-feira (11), aponta a facilidade com que líderes globais têm ignorado violações de direitos humanos em outros países. A ONG destaca que a falta de contestação da comunidade internacional quando direitos são atropelados tem contribuído para essa postura.

Entre os exemplos mencionados, a ONG ressalta a seletividade nos posicionamentos relacionados à guerra entre Israel e Hamas, ao tratamento do regime chinês a uigures em Xinjiang e aos abusos cometidos pelos Estados Unidos no Afeganistão. A Human Rights Watch afirma que essa seletividade enfraquece a crença na universalidade dos direitos humanos e na legitimidade das leis destinadas a protegê-los.

Diante desse cenário, a organização conclama líderes mundiais a deixarem de usar os direitos humanos como moeda de troca e passarem a basear sua diplomacia em princípios. “As crises de direitos humanos ao redor do mundo demonstram a urgência de aplicar princípios de longa data e mutuamente acordados do direito internacional dos direitos humanos em todo o mundo”, afirma Tirana Hassan, diretora-executiva da organização.

O relatório da Human Rights Watch analisa o cenário global dos direitos humanos em 2023, apontando a paralisia das Nações Unidas, em especial seu órgão mais importante, o Conselho de Segurança, para solucionar crises agudas, como a Guerra da Ucrânia e o conflito entre Israel e Hamas.

A organização também critica a seletividade de países ocidentais, como os EUA e União Europeia, em responsabilizar aliados pelo desrespeito a direitos humanos e menciona a inconsistência do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em suas posições sobre direitos humanos em política externa.



Autor: Jornalista X


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