Relutância de Lula em cerimônia dos 60 anos do golpe gera protestos e busca de reconciliação com quartéis.



Protestos em meio à relutância de Lula em realizar cerimônia para os 60 anos do golpe

Protestos vão ocorrer em meio à relutância de Lula em realizar alguma cerimônia para os 60 anos do golpe. O presidente busca reconciliação com os quartéis após os atos do 8 de Janeiro.

Antes do veto do presidente, ministério tinha planejado pedidos de desculpas públicos, diz a Folha. O Ministério de Direitos Humanos e Cidadania já tinha levantado um possível slogan da ação: “60 anos do golpe 1964-2024 – sem memória não há futuro”.

Em entrevista, Lula disse que não gostaria de “remoer o passado”. Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, Lula disse que tinha mais preocupações “com o golpe de 8 de janeiro de 2023 do que com 64” e disse que, apesar de partes da
história do período militar ainda permanecerem incompletas, ele preferia “tocar o país para frente”.

O que eu não posso é não saber tocar a história para frente, ficar remoendo sempre, remoendo sempre, ou seja, é uma parte da história do Brasil que a gente ainda não tem todas as informações, porque tem gente desaparecida ainda, porque tem gente que pode se apurar. Mas eu, sinceramente, eu não vou ficar remoendo e eu vou tentar tocar esse país para frente.
Presidente Lula em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar


Como jornalista, é importante destacar que a decisão do presidente Lula de não realizar cerimônias para marcar os 60 anos do golpe militar de 1964 tem gerado controvérsias e descontentamento entre grupos que defendem a memória das vítimas da ditadura. A relutância do presidente em reviver o passado tem sido motivo de protestos e críticas por parte de ativistas e organizações de direitos humanos.

Antes do veto do presidente, o Ministério de Direitos Humanos e Cidadania estava planejando pedidos de desculpas públicos como forma de reconhecer os crimes cometidos durante o regime militar. O possível slogan da ação, “60 anos do golpe 1964-2024 – sem memória não há futuro”, buscava ressaltar a importância de lembrar e confrontar os eventos históricos que marcaram o país.

Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, Lula afirmou que prefere não “remoer o passado” e que está mais preocupado com questões atuais do que com os eventos de 1964. O ex-presidente ressaltou a importância de seguir em frente e focar em fazer o país progredir, mesmo diante das lacunas e injustiças que ainda existem em relação ao período da ditadura.

Diante dessa posição do presidente, a sociedade brasileira se vê dividida entre aqueles que apoiam a abordagem de Lula em relação ao passado e aqueles que acreditam que é essencial confrontar e lembrar os horrores do regime militar para garantir que tais eventos nunca mais se repitam. Os protestos e debates em torno deste tema refletem a complexidade e sensibilidade da história do Brasil e a importância do diálogo e do respeito à memória das vítimas.

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