Bolsonaro revela falta de acesso a informações de inteligência em sua gestão

Uma reunião recente trouxe à tona a forma como Bolsonaro se reunia com os auxiliares e revelou a falta de acesso do presidente às informações dos serviços oficiais de inteligência.

Durante a reunião, Bolsonaro admitiu que a inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal, Marinha e Exército não chegava até ele. O presidente afirmou: “Eu não tenho inteligência da Abin, da PF, da Marinha, do Exército. Uma vez fui no centro de inteligência do Exército, pessoal fez uma demonstração, [falei:] ‘e aí, não chega nada para mim, só fica com vocês aqui'”.

Além disso, Bolsonaro ressaltou que sua principal fonte de “inteligência” durante o governo era o contato que mantinha com pessoas comuns, afirmando: “Quando falei da Abin, da inteligência paralela, está um problema, pegando fogo na Amazônia, liga para o coronel Menezes, ‘Menezes, como tá aí essa questão de fogo, porque a imprensa tá divulgando’, o cara fala para mim. Essa é minha inteligência. Ligo para um cabo do quartel, um militar da reserva, ou a minha própria forma de agir.”

Bolsonaro ainda revelou que tinha o hábito de ligar para quartéis para obter informações, afirmando: “Muitas vezes eu ligava para um posto militar de um cantão desse Brasil, atendia um cabo, essa era minha inteligência, essa é confiável, porque essas oficiais, respeitosamente, para mim não chegava nada. Converso com pessoas de confiança minha”.

Diante dessas revelações, fica evidente a falta de comunicação e acessibilidade às informações entre os órgãos de Estado e o Presidente, o que levanta questões sobre a eficácia da gestão de Bolsonaro. A abertura dessa reunião, onde essas declarações foram feitas, permite aos brasileiros ter um vislumbre da dinâmica de trabalho e tomada de decisões do atual governo. Essa transparência é essencial para a democracia e para a compreensão das ações do poder executivo.