Ron DeSantis afirma que brasileiros não têm o direito de entrar nos EUA, gerando polêmica entre os dois países.

Ecoando pelo canal direitista Newsmax e sites de seu estado, o governador da Flórida, Ron DeSantis, respondeu à rádio WGIR sobre sua política de imigração, caso seja eleito presidente. De acordo com ele, a imigração deve ser limitada apenas àqueles que têm um benefício para os Estados Unidos. Ele afirmou: “A forma como eu vejo a imigração é: se você está na Polônia ou no Brasil ou em qualquer outro lugar, você não tem o direito de vir para este país. As pessoas vêm porque o povo americano pensa que é do nosso interesse ter as pessoas vindo”.

Caso DeSantis seja eleito, seu governo se concentrará em capacidade, não em imigração em cadeia. Ele defende que um cidadão terá o direito de trazer seu cônjuge ou filhos estrangeiros, mas não primos e outros parentes distantes.

O site Florida Politics destacou que a Polônia não é um país de imigração para os Estados Unidos, mas a imigração brasileira parece ser uma questão diferente. Em 2019, os EUA tinham a maior população de imigrantes brasileiros do mundo, totalizando 502 mil pessoas, sendo que 22% deles estão na Flórida.

A questão dos imigrantes não chama atenção apenas na Flórida ou entre os políticos republicanos. A revista New York trouxe em sua capa uma reportagem sobre os latino-americanos que estão tomando os trens do metrô para vender doces, muitos deles ainda crianças.

A situação de imigrantes sem documentos também é uma realidade em Nova York. A cidade possui atualmente 57 mil recém-chegados sem documentos, ultrapassando pela primeira vez o número de pessoas em situação de rua. No início do mês, centenas de imigrantes tiveram que dormir nas ruas porque a cidade não encontrou abrigos para eles. O prefeito democrata Eric Adams expressou preocupação com a capacidade da cidade em lidar com essa situação: “Já passamos do nosso ponto de ruptura. A compaixão dos nova-iorquinos pode ser ilimitada, mas os nossos recursos, não”.

O debate sobre imigração continua sendo um tema relevante na política americana, especialmente no contexto das eleições presidenciais. Os candidatos têm posicionamentos divergentes sobre como lidar com a imigração e as consequências disso são sentidas tanto pelas comunidades de imigrantes quanto pelos próprios cidadãos americanos.

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