Ataque russo atinge instalações de energia na Ucrânia em meio a conflito

No último sábado (27), um ataque com mísseis da Rússia atingiu instalações de energia no centro e oeste da Ucrânia em meio ao conflito em curso entre os dois países. Este ataque ocorreu poucos dias após a aprovação de um novo pacote de ajuda militar dos EUA a Kiev, que visa melhorar a capacidade de defesa aérea do país invadido.

De forma recíproca, a Ucrânia lançou ataques contra o setor energético russo, atingindo duas refinarias de petróleo em Krasnodar, região no sul do país vizinho banhada pelo mar Negro, de acordo com uma fonte da área de inteligência ucraniana à agência Reuters.

Moscou empregou uma variedade de mísseis, incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro disparados por terra, pela frota naval e por aeronaves. Esta foi a quarta grande ofensiva russa mirando a infraestrutura energética ucraniana desde o dia 22 de março, quando o Kremlin lançou um ataque massivo e oficializou a guerra, anteriormente denominada como “operação militar especial”.

Em um comunicado, a força aérea ucraniana informou que conseguiu destruir 21 dos 34 mísseis identificados. Dentre os mísseis utilizados pela Rússia estão os Kh-101, Kh-555, Kh-59, Kh-69, S-300, Iskander, Kinjal e Kalibr.

A DTEK, maior empresa privada de eletricidade da Ucrânia, reportou danos em 4 de suas 6 usinas termelétricas devido aos ataques. Equipes de resgate foram enviadas para apagar incêndios nas regiões de Lviv e Ivano-Frankivsk, no leste ucraniano, próximas à fronteira com membros da OTAN.

Além dos danos causados às instalações de energia, o fornecimento de água foi interrompido em Dnipropetrovsk. O governador da região, Serhii Lisak, lamentou os incidentes e destacou a necessidade de segurança para evitar avaliação rápida por parte da Rússia.

A Rússia nega visar civis nos ataques, argumentando que o sistema de energia ucraniano é um alvo militar legítimo. Entretanto, autoridades ucranianas relataram um trabalhador de energia ferido durante a noite.

Os ataques destacaram a urgência de fortalecer os sistemas de defesa aérea ucranianos, segundo Maxim Timchenko, CEO da DTEK. Os Estados Unidos, após a aprovação de um grande pacote de ajuda para a Ucrânia, estão iniciando envios de equipamentos de defesa, artilharia e veículos blindados para o país.

Enquanto isso, a Rússia reforçou suas tropas no leste da Ucrânia, visando intensificar a ofensiva terrestre. O Exército ucraniano, mesmo com suprimentos limitados, mantém controle sobre parte do território e aguarda as entregas de armas dos EUA para alterar o cenário a seu favor.

A situação permanece tensa entre os dois países, com batalhas contínuas em diversas frentes. O impacto total dos ataques de ambos os lados ainda está por ser totalmente sentido, mas as consequências já são evidentes e dramáticas para a população civil.