Rússia surpreende e se destaca na guerra: aliança com a China e resistência a sanções econômicas trazem vantagem no conflito.

Em meio ao conflito na Ucrânia, a Rússia surpreendeu o mundo ao não entrar em recessão, mesmo diante das sanções econômicas impostas contra ela. Segundo o professor do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil, Gilberto Maringoni, a Rússia conseguiu um crescimento inesperado, contornando o bloqueio econômico ao se aproximar do mercado asiático, principalmente da China. Essa aliança entre os dois países foi oficializada em um acordo entre os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin, dias antes do início do conflito.

Em relação às sanções, o professor de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Robson Valez, destacou que elas não impediram o objetivo de Putin de anexar as províncias no leste da Ucrânia. Valez ressaltou que as sanções econômicas têm sido utilizadas sem sucesso em outros países, como Cuba e Venezuela, o que acabou fortalecendo os laços entre Rússia, China e Irã, principais adversários dos Estados Unidos.

Na visão de Valez, a situação atual favorece a Rússia, com a Ucrânia e seus aliados sofrendo mais impactos políticos e econômicos. Ele acredita que a Ucrânia terá dificuldades em negociar um fim pacífico do conflito sem perder territórios. A opinião é compartilhada por Gilberto Maringoni, da UFABC, que afirma que a Rússia está vencendo a guerra.

A repercussão da guerra na Europa e nos Estados Unidos pode trazer consequências políticas, como dificuldades para a reeleição de Joe Biden e resistências no Congresso para aprovar ajuda financeira à Ucrânia. A indústria alemã já sofre com o aumento do custo da energia, impactando a economia europeia.

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