Os constantes bombardeios por parte de Israel têm como objetivo preparar o terreno para uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, lar de 2,4 milhões de palestinos. Essa crescente violência preocupa a comunidade internacional, que teme uma escalada do conflito para outros países do Oriente Médio. O governo iraniano alertou que a região é um “barril de pólvora”.
Dentro de Gaza, mais de 4.600 pessoas já perderam a vida nos ataques aéreos israelenses, principalmente civis, segundo o balanço atualizado divulgado pelo Ministério da Saúde do Hamas. Entre as vítimas, estima-se que cerca de 1.900 sejam crianças. Bairros inteiros do enclave foram destruídos pelos bombardeios, como é o caso da cidade de Rafah, próxima à fronteira com o Egito, que foi alvo dos ataques.
Em 15 de outubro, Israel exigiu que os civis do norte da Faixa de Gaza se deslocassem para o sul em busca de abrigo contra os bombardeios. No entanto, uma operação terrestre no território apresenta diversos riscos para as tropas israelenses, uma vez que a região está repleta de armadilhas e túneis. Além disso, o Hamas mantém mais de 200 reféns israelenses e estrangeiros sequestrados desde o primeiro dia da ofensiva.
A tensão também se intensificou na fronteira entre o norte de Israel e o sul do Líbano, onde acontecem ataques recorrentes entre o exército israelense e o grupo Hezbollah, aliado do Hamas. Por conta disso, os moradores de ambos os lados abandonaram suas casas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu o Hezbollah de que seria o “erro de sua vida” caso decidisse entrar em guerra contra o país. Ele afirmou que Israel responderia com uma força devastadora, capaz de causar grande destruição ao Líbano. O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, também afirmou que os Estados Unidos não hesitarão em agir militarmente contra qualquer organização ou país que tente ampliar o conflito.
Na Cisjordânia, outro território palestino ocupado por Israel, mais de 90 pessoas já perderam a vida em ataques do exército ou de colonos israelenses desde 7 de outubro, de acordo com o ministério palestino da Saúde.
A região vive um cenário de instabilidade e violência, com graves consequências humanitárias. A comunidade internacional busca por soluções e faz apelos pela paz, temendo uma escalada ainda maior no conflito.