Segundo relatos, o teleférico ficou suspenso por horas e as crianças começaram a entrar em pânico. Um dos adolescentes, que preferiu não se identificar, afirmou: “Fiquei com muito medo e todas as crianças começaram a gritar. Começamos a nos abraçar enquanto ele estava pendurado. Pensei que eu ia morrer”.
Após quatro horas de tensão, o primeiro helicóptero militar chegou ao local para tentar o resgate, mas não obteve sucesso. A situação se tornou ainda mais assustadora quando o segundo helicóptero também retornou sem conseguir ajudar. “Fiquei muito preocupado porque os helicópteros não estavam tendo sucesso e achei que morreríamos logo”, declarou Attaullah, uma das crianças resgatadas.
O mais novo do grupo, Ibrar Ahmed, de apenas 13 anos, revelou que perdeu a esperança em diversos momentos durante a provação. “Achei que era o menor e que morreria antes de qualquer um. Fiquei sem esperança quando não vi nenhuma ajuda. Depois fiquei esperançoso quando o exército resgatou Irfanullah e perdi a esperança novamente quando escureceu e o exército interrompeu as operações do helicóptero. Mas aí recuperei a esperança quando um homem local resgatou o segundo menino”, relatou Ahmed.
Rizwanullah, de 15 anos, disse que viu a morte diante dos olhos. “O vento estava muito forte e o teleférico estava pendurado e não tinha portas laterais há mais de um ano. Todo mundo estava chorando”, contou.
Durante esse momento de desespero, Gul Faraz, um morador local de 24 anos, estava junto às crianças no teleférico. Ele tentava acalmá-las e prometer que tudo ficaria bem. Foi Faraz quem deu o alarme e mobilizou as equipes de resgate.
O resgate das crianças foi um verdadeiro desafio para as equipes. No entanto, a persistência e o trabalho conjunto das forças armadas e da comunidade local resultaram no salvamento de todos os envolvidos. Apesar do trauma vivido, as crianças agora estão em segurança.
É importante destacar a relevância de equipamentos de segurança e manutenção adequados para que acidentes como esse não ocorram. A segurança das pessoas deve ser sempre prioritária, especialmente quando envolve o transporte de crianças e adolescentes.
